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Evento um conto de Natal- Concurso

  Um conto de natal é um evento organizado pela Comunidade Queensdc-Escritores anualmente. Como será o evento? O evento vai ter inicio no dia 1 de Dezembro e vai terminar dia 25 do mesmo mês, estão disponiveis 10 vagas e dessas 10 serão escolhidos os três melhores contos que terão um premio no final 1º- Capa e publicação do conto, áudio book, banner e divulgação deste mesmo conto; 2º- Banner e marcador de páginas  3º- Marcador de páginas   Espero ver a sua melhor criatividade com o espírito natalino ⛄️🎄❤️‍🔥💖 Cadastre-se já: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScO-4tQ_2fJn7Uwzzj5_LEnGOFoLJK2v_8iYyCdiQLk3O-ecw/viewform?usp=sf_link

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Resenha: Durante a Queda aprendi a voar- Raul Minh’alma

Livro disponível na Biblioteca Municipal de Pombal

O Autor Raul Minh’Alma é dos escritores nacionais mais falados da atualidade bem como de maior êxito.

É vergonhoso dizer que eu ainda não tinha lido nenhum livro dele, talvez porque o preconceito que tinha face ao estilo de livro me afastasse da leitura.

Sim sou a típica preconceituosa de romances melosos e quando ouvia falar nos livros dele bem como o fato de o público-alvo mais atingido serem mulheres associava os livros a essa realidade.

Sempre tive curiosidade por temáticas relacionadas com saúde mental por isso decidi aventurar-me no livro “Durante a Queda Aprendi a Voar” da sua autoria e não há palavras para descrever essa descoberta porque este livro faz-nos sentir um misto de emoções!

Este livro não é apenas um romance, é uma história bem estruturada em que nada foi feito por acaso. 

As personagens, o enredo, o final simplesmente impressionante que nos leva a questionar o que nos rodeia. Se queres um livro que te faz refletir este é o indicado para ti.

Resenha:

A história começa com uma revelação. Fernando, pai de Teresa, confessa a filha ter uma depressão.

Teresa não entende o que o pai está a sentir! “como é isso possível, pai?, o que é que te aconteceu que eu não sei?, “tens um trabalho que gostas, tens uma casa que gosta, tens amigos que gostas, tens-me a mim! Eu pensei que estava tudo bem contigo. Tu estás sempre tão bem-disposto e és das pessoas mais resilientes que conheço”.

“O meu caso não é considerado grave. A Filomena passou-me uns comprimidos e disse para eu fazer psicoterapia e terapia de grupo. Depois perguntou-me quem era a pessoa mais próxima de mim, pois iria precisar dela.” “Às vezes, as pessoas têm uma vida que parece de sonho e simplesmente não se sentem felizes. Contudo, acredito que seja uma fase e que em breve me sentirei melhor”. Respondeu-lhe Fernando.

Assim a missão de Teresa será acompanhar o pai as terapias para que este saia da depressão. 

Nisto ela encontrará no seu percurso várias pessoas, várias formas de viver que a irão surpreender e inspirar.

Esta é uma história cheia de amor genuíno, uma história de coragem. Nesta história existem pessoas  de “mundos diferentes”, fragilizados com os seus traumas e vivências, que se aliam por um objetivo comum, o bem-estar. Mostra como pequenas ações podem mudar a vida e e serem revolucionárias.

Personagens marcantes que nos tocam como o Alfredo, a Teresa, o Duarte, o Gui e todas as outras personagens que nos mostram que para sermos felizes temos que cortar os padrões que interiorizamos desde crianças que não são nossos e nos impedem de viver a nossa vida à nossa maneira, ou então que tal aprender a viver com as nossas cicatrizes e traumas de guerra? Quem disse que era fácil? Pode não ser fácil mas é possível.

Excertos do Livro:

Não te ia discriminar se fosses tu quem precisa de ajuda. Aqui não existe preconceito. Somos todos iguais. Todos loucos, mas cada um a viver a sua realidade

O bom de bater no fundo é que podemos dar um impulso e voltar a subir.

-Posso perguntar-te umas coisas sobre o que estás a sentir?...Aquilo que sentes é tipo...uma desmotivação constante, como se não tivesses vontade de fazer mais nada? Nem mesmo aquelas coisas que imaginas que seriam divertidas e interessantes?

Se não te apetece sair nem fazer nada, tens que fazer o oposto, senão vais continuar em baixo e se te renderes vai ser pior.

Atraímos para a vida aquilo que não queremos ou que tememos. Dizem que o universo não entende a palavra “não”.

Eu não sou desses médicos que parecem sócios de alguma farmacêutica, por isso a medicação que lhe passei é a mínima possível, O Fernando não ficou assim por ter comido alguma coisa estragada, não ficou assim por ter apanhado frio, ou um vírus, ou por ter sido agredido fisicamente. O que quero dizer é que não foi nenhuma entidade física externa para o deixar bem. Ora, se a sua mente produz veneno, ela também é capaz de produzir o próprio remédio.

De pouco vale a terapia de grupo, a psicoterapia e os comprimidos se não mudar o estilo de vida e se não estender este tratamento até ao dia a dia lá de casa.

É comum e normal os familiares de uma pessoa que está a passar por uma depressão, ou qualquer fase negativa, sentirem-se perdidos e não saberem o que fazer ou o que dizer. Depois proferem frases como anima-te ou há pessoas piores que tu, que são naturalmente ditas com a melhor das intenções, mas que têm efeito contrario.

Tu não mudaste tu revelaste-te. É diferente. Mas não te sintas mal por teres sido outra pessoa que não tu própria. Foram apenas consequência da vida que não conseguiste evitar.

Há muitas pessoas assim. Pessoas que não se permitem ser elas mesmas e acabam por se moldar em função dos gosto das outras para terem sua aprovação e admiração. E assim vão vivendo vidas que não são as melhores para elas e seguirem carreiras que não as vão realizar. Depois sentem-se infelizes e não sabem porquê, mas é simples entender. Como é que alguém pode ser feliz a viver uma vida que não é sua?

-E quem é que sou afinal?

Talvez devas começar responder primeiro a outras questões como:  quem é que tu não és? Quem é que tu não queres ser?. Seja como for não te preocupes. Estás no caminho certo, mais tarde ou mais cedo hás de lá chegar.

Foram acontecimentos negativos, mas o que nos define não é aquilo que nos acontece, mas como reagimos a isso.

São as tua preocupações e não dá para as comparar com as preocupações do outros. Tens direito a sofrer com elas da forma que fizer sentido para ti.

Às vezes só precisamos de alguém que nos oiça e não nos julgue. E também quando partilhamos as nossas dores e preocupações elas ficam um pouco mais pequenas e suportáveis.

No fundo eu esvaziei-me da minha identidade e essência para que os outros me enchessem com aquilo que achavam que era o melhor para mim, passando a viver em função deles e para corresponder às expetativas deles. E daí resultou uma série de eventos negativos. Mas esta fase da minha vida permitiu-me abrir os olhos e expandir a consciência. Por isso, sim há males que vem por bem. Hoje percebo qual o meu propósito e qual o propósito de tudo aquilo que me acontecia. Tinha de haver uma causa, que era, naturalmente, a minha falta de amor-próprio e tinha de haver uma consequência. E eu escolhi que a a consequência seria a minha evolução e não a minha destruição. Uma evolução que resultou desta necessidade de buscar respostas e soluções para voltar a encher-me de mim mesma. Para me reconstruir e reerguer ainda mais forte. E posso dizer que tem sido uma viagem maravilhosa.

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